O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) se manifestou na tarde desta quinta-feira (1º) a respeito das declarações feitas pelo engenheiro químico da Cettraliq, José Carlos Bignetti. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, o engenheiro disse que a empresa foi injustiçada ao ser acusada de ser a responsável pelas alterações no cheiro e gosto da água de Porto Alegre.
Diante da posição da Cettraliq, o Dmae afirmou que considera encerrado o episódio, que causou transtornos à população da Capital entre maio e agosto deste ano. O departamento informou ainda que acredita que a Ação Civil Pública movida em conjunto com o Ministério Público esclarecerá definitivamente as dúvidas que a empresa ainda tem sobre a acusação de ter sido a causadora das alterações na água.
Na entrevista, o engenheiro da Cettraliq descartou a relação entre a atividade da empresa e o fenômeno que mudou a qualidade da água na Capital. Disse que a Fepam e os demais órgãos envolvidos na apuração do caso realizaram diversas análises e nunca encontraram evidências da responsabilidade da empresa.
Em resposta à reportagem da Rádio Gaúcha, a Fepam informou que não vai se manifestar sobre o assunto neste momento. A promotora da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre, Ana Marchesan, disse que o Ministério Público mantém a sua posição em relação ao caso, com a convicção de que as alterações na água da Capital cessaram após a suspensão das atividades da Cettraliq, em agosto.