Nos últimos dias, um mau cheiro tem incomodado mais do que de costume alguns moradores e comerciantes próximos ao Arroio Dilúvio, em Porto Alegre. Ao longo da Avenida Ipiranga, os pontos de odor mais intenso são entre as avenidas Erico Verissimo e da Azenha e na Ecobarreira, próximo ao shopping Praia de Belas.
Desde 2003, Simone Rodrigues, 41 anos, mora em frente ao arroio. Para ela, o futum não é novidade.
– Na semana passada estava pior. Quando aumenta a temperatura, quase não dá para suportar. As pessoas não respeitam, jogam muito lixo. É ruim, mas acabei me acostumando – relata.
Leia mais:
Barreira Ecológica já impediu que 33 toneladas de lixo escoassem para o Guaíba
Carro cai no Arroio Dilúvio em Porto Alegre
As últimas matérias do ZH Pelas Ruas
Para a vendedora Cátia Silveira, 31 anos, que trabalha em um comércio de frente para o Dilúvio, próximo à Avenida da Azenha, o cheiro ruim é sentido de dentro do estabelecimento:
– A impressão que eu tenho é de que a água está parada e não está escoando. É um cheiro desagradável, muito forte, como se fosse um esgoto aberto.
Dona de uma loja de cópias, domingo foi a primeira vez, em sete anos, que Célia Weber, 60 anos, se deparou com um Dilúvio tão malcheiroso:
– Notei esse cheiro desagradável quando fui votar. Me passou pela cabeça que fosse dejetos, não lembro de ter sentido esse odor antes.
Segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) e o Departamento de Esgotos Pluviais (Dep), a pressão atmosférica alta e o pouco vento nos últimos dias fizeram com que o cheiro de esgoto ficasse concentrado nesses locais. Com o tempo instável, o odor deve diminuir.