A empresa Cettraliq, apontada como responsável por alterar o gosto e o cheiro da água em Porto Alegre, entrou com recurso para aumentar o prazo para remover os efluentes das dependências da companhia, na zona norte da Capital. O motivo, segundo o Tribunal de Justiça, é o novo plano de remoção apresentado pela empresa. A decisão da Justiça, do dia 4 de outubro, determinou que a remoção ocorresse em até 50 dias. O prazo inicial vence nessa quinta-feira.
A multa de R$ 200 mil estipulada por dia de descumprimento do prazo está mantida. A Justiça reforçou ainda decisão anterior de que o material contaminado seja destinado a estabelecimento sediado no Rio Grande do Sul ou fora dele que tenha licenciamento ambiental compatível com o tratamento de substâncias com as características dos efluentes.
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O Ministério Público instaurou inquérito civil para verificar possíveis causas de alteração do odor e gosto da água distribuída em Porto Alegre. No início de setembro, a Fepam decidiu fechar em definitivo a Cettraliq, que já estava com as atividades paralisadas.
A Cettraliq era responsável por tratar efluentes de indústrias. A empresa despejava o resultado do processamento de efluentes perto do ponto de captação de água do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE). O processo corre na 10ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central da Comarca de Porto Alegre.
Em nota, a Cettraliq – Central de Tratamento de Efluentes Líquidos afirma que contratou uma empresa de Santa Catarina para receber e tratar os efluentes que permaneciam armazenados em sua planta em Porto Alegre. A retirada do material, segundo a companhia, começou no dia 16 de novembro, e a estimativa é que o processo leve cerca de 50 dias para ser concluído. Até esta quarta-feira (23), a empresa disse que foram retirados cerca de 20% dos efluentes da planta.