Cinco alunos do Colégio Estadual Francisco Caldas Júnior, do Bairro Partenon, Zona Leste de Porto Alegre, estão com caxumba. Os estudantes são do Ensino Médio, dois de uma turma e outros três de outra. Neste caso, já se caracteriza um surto, que é quando ocorre dois ou mais casos no mesmo local, no mesmo período. Os surtos devem ser notificados à Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
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Segundo a diretora da escola, Rubia Pezzini, os alunos com a doença têm 12, 14 e 16 anos. Também há pelo menos outros dez que estão em casa de atestado médico, com febre e suspeita de que estejam com a doença, mas ainda sem o diagnóstico confirmado, ressalta Rubia. Informada do problema, a Secretaria Estadual de Saúde enviou à escola panfletos com dicas de prevenção da doença.
Dados da SMS apontam que, até 13 de agosto de 2016, foram registrados 914 casos notificados da doença em Porto Alegre e 35 surtos. A secretaria não tem como informar quantos dos surtos ocorreram em escolas, mas reforça que o ambiente é um dos propícios para o contágio. A faixa etária mais atingida fica entre 19 e 21 anos. Em todo o ano passado, a secretaria teve 158 casos notificados.
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A caxumba é uma doença viral aguda, caracterizada por febre e aumento de volume de uma ou mais glândulas salivares. A transmissão ocorre por via aérea, disseminação de gotículas ou por contato direto com saliva de pessoas infectadas. O período de incubação é de 12 a 25 dias, sendo, em média, de 16 a 18 dias.
O período mais suscetível para transmissão é de dois dias antes até cinco dias após o início do inchaço. O paciente pode ser considerado não contagiante nove dias após o início do inchaço. As pessoas doentes devem se afastar por pelo menos nove dias das suas atividades corriqueiras, para evitar a transmissão da caxumba.
Como prevenir
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal
– Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir
– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca
– Não partilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal
– Evitar aperto de mãos, abraços e beijo social
– Reduzir contatos sociais desnecessários e evitar, dentro do possível, ambientes com aglomeração
– Ventilar os ambientes