O empresário Marcelo de Oliveira Dias, 44 anos, assassinado a tiros na frente da filha no estacionamento do supermercado Zaffari da Cavalhada, na zona sul de Porto Alegre, pode ter sido morto por engano. Está é uma das possibilidades surgidas após o início da investigação pela 6ª Delegacia de Homicídios de Porto Alegre.
O carro de Dias, um Peugeot 208 branco, seria o mesmo usado por um traficante da zona sul de Porto Alegre e isso pode ter confundido os executores. Esta versão, no entanto, ainda é inicial e não há nenhum elemento que a confirme, segundo a delegada Elisa Souza - que não descarta nenhuma possibilidade.
"Pela cena do crime dá a entender que foi uma execução, em razão do número de tiros que atingiu o veículo. Ele não tinha antecedentes, estava com a filha no carro. Conversamos com familiares e não encontramos nenhuma motivação para o crime", afirmou a delegada.
Equipes da delegacia, coordenadas por Elisa, estão ouvindo familiares e testemunhas. Para ela, pela forma com que foi feito, o crime foi uma execução. A suspeita de latrocínio - roubo seguido de morte - é a mais fraca entre as que surgiram.
A Brigada Militar apreendeu, no final da noite desta quinta-feira (20), o veículo que foi utilizado pelos três criminosos que executaram o empresário.
O crime
Marcelo de Oliveira Dias, 44 anos, foi morto com vários disparos por volta das 18h. Ele estava em um Peugeot 208 branco junto com a filha de quatro anos, que também foi baleada. A menina foi socorrida ao Hospital de Pronto Socorro e não corre perigo.
O veículo usado pelos executores, um Fiesta de cor branca, foi encontrado por volta das 23h na Estrada Retiro da Ponta Grossa, também na zona sul. Ao perceber que estava sendo seguido pela polícia, o motorista do veículo iniciou a fuga.
Os brigadianos perseguiram o carro até ele ser abandonado na Avenida Juca Batista, próximo à entrada do Bairro Belém Novo. Os suspeitos fugiram em direção a um matagal.
Os policiais utilizaram efetivo aéreo e cães para tentar achar os criminosos, mas eles não foram localizados. A vítima não tinha antecedentes criminais.