A empresa suspeita de ser a responsável por alterar o gosto e o cheiro de água de Porto Alegre ganhou um prazo maior para remover os efluentes contaminados que permanecem nas dependências da companhia. A decisão da 10ª Vara da Fazenda Pública beneficia a Cettraliq, que teve as atividades suspensas. A empresa tinha prazo inicial previsto até a semana que passou para remover os efluentes que recebe e trata de indústrias, uma vez que não é mais possível liberar o material neste ponto do Guaíba.
No entanto, a Cettraliq ganhou mais cinco dias, até terça-feira, para apresentar o plano. A multa de R$ 200 mil estipulada por dia de descumprimento do prazo está mantida. A Justiça reforçou ainda decisão anterior de que o material contaminado seja destinado a estabelecimento sediado no Rio Grande do Sul ou fora dele que tenha licenciamento ambiental compatível com o tratamento de substâncias com as características dos efluentes.
A Prefeitura de Porto Alegre também aguarda decisão judicial impetrada em que exige o ressarcimento de R$ 4 milhões. O valor seria para cobrir o gasto extra que o DMAE teve durante o período em que a água apresentou mau cheiro e gosto ruim.