A operação da Trensurb nesta segunda-feira (1º) ocorre apenas nos horários de pico. Durante a manhã, a circulação dos trens entre Porto Alegre e Novo Hamburgo ocorreu durante 5h30 e 8h30. À tarde, o serviço será retomado apenas entre 17h30 e 20h30. A expectativa é de que mais de 100 mil usuários fiquem sem o transporte e o prejuízo à empresa é estimado em R$ 170 mil. Nesta terça-feira (2), a operação será retomada normalmente.
A paralisação de hoje, nos mesmos moldes da realizada no dia 21 de julho, foi convocada pelo Sindicato dos Metroviários, que está em campanha salarial.
"Não pedimos aumento, mas apenas a reposição da inflação. Além disso, temos a defasagem de, no mínimo, 200 trabalhadores", relata o presidente do Sindimetrô/RS, Luís Henrique Chagas.
O sindicato pede aumento de 9,28%, o equivalente à inflação no último ano. A Trensurb oferece 8,28% no salário e 9,28% no vale-alimentação, que terá acréscimo de uma unidade todos os meses, além da manutenção da cesta básica e outros benefícios.
Trensurb
De acordo com o diretor de Administração e Finanças da Trensurb, Francisco Vicente, a paralisação dos metroviários é injustificada, já que o dissídio será decidido pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
"A empresa é dependente do Tesouro Nacional. O Governo Federal não está nos autorizando a fazer nova proposta. Como o dissídio está ajuizado, a negociação tem que se dar no âmbito da Justiça do Trabalho", diz.