Em nova assembleia realizada na tarde desta terça-feira, funcionários demitidos do Hospital Porto Alegre decidiram seguir ocupando a sede administrativa da instituição. Os mais de 100 trabalhadores, exonerados há 20 dias, cobram o pagamento de verbas rescisórias.
O grupo faz revezamento para manter o acampamento no hospital. Os serviços não estão sofrendo prejuízos. O Instituto de Saúde e Educação Vida (ISEV), administradora da casa de saúde, oferece pagamento parcelado em 24 vezes.
Até agora, 25 funcionários obtiveram liminares judiciais que garantem o saque do fundo de garantia e o encaminhamento do seguro desemprego. Além disso, a justiça ainda concedeu bloqueio parcial de valores do Instituto Vida e da Associação dos Funcionários Municipais de Porto Alegre (AFM), antiga administradora do local, para garantir o pagamentos das verbas rescisórias. O jurídico do sindicato também tenta ampliar o bloqueio a todos os trabalhadores.
A instituição teve 107 funcionários demitidos desde julho, de um quadro de aproximadamente 410 colaboradores. O hospital enfrenta dificuldades depois do fim de convênio com a prefeitura. A direção alega que os desligamentos ocorreram para "ajustar o quadro à estrutura". No dia 12 de agosto, uma reunião de mediação entre as partes, no Ministério Público do Trabalho, terminou sem acordo.