Solicitada para auxiliar a conter onda de insegurança no Estado, a Força Nacional é comandada por um experiente tentente-coronel da Brigada Militar, que até julho trabalhava no governo de José Ivo Sartori.
Pela segunda vez à frente da Força Nacional, Alexandre Aragon era secretário-executivo do Gabinete de Gestão Integrada da Secretaria da Segurança Pública do Estado. Estava entre os nomes de confiança de Wantuir Jacini, secretário exonerado depois do assassinato de uma mulher em frente ao Colégio Dom Bosco, no bairro Higienópolis, em Porto Alegre.
Especializado no combate ao terrorismo, Aragon é um dos pioneiros da Força Nacional. Participou da primeira equipe, formada em 2004. De 2011 a 2015 comandou o efetivo de elite. Depois, retornou ao Rio Grande do Sul. No governo Sartori, integrou a cúpula da área de segurança até ser nomeado mais uma vez diretor da força, em 28 de julho. Aragon já liderou o grupo na Olimpíada do Rio de Janeiro.
"Sempre se identificou com o Brasil, mas especialmente com o Estado. É muito organizado, capacitado e inteligente", descreve o tenente-coronel Mario Uberti, colega de Aragon no curso de formação de oficiais da BM.
Egresso do Colégio Militar de Porto Alegre, Aragon fez carreira na Brigada Militar, integrando o 1º Batalhão de Operações Especiais, em Porto Alegre. Tem cursos na área operacional militar no Brasil e passou por formação no Japão e nos Estados Unidos, tendo estudado na escola de pós-Graduação da marinha americana.