Atingido por um soco na saída da audiência pública que discutiu a regulamentação do Uber em Porto Alegre, o motorista Claiton Fernandes Guimarães falou sobre o caso na manhã desta quarta-feira. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, ele contou que teria sido confundido com um ex-taxista.
– Olhei para trás e vi que tinha quatro pessoas. Eles disseram "taxista traidor" – relembra.
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A agressão ocorreu nas proximidades do viaduto que liga as avenidas Pinheiro Borda e Edvaldo Pereira Paiva. Embora não tenha visto o grupo com paus e nem pedras, Guimarães acredita que o agressor tenha usado algum instrumento ao desferir o soco.
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– A forma que ficou o ferimento me leva a crer que ele estava com uma pedra. Fiquei meio tonto, mas consegui sair dali.
Logo após o ataque, o motorista avistou uma viatura da Brigada Militar, que prestou socorro e levou o suspeito para a 2ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento da Capital para prestar depoimento. O taxista assinou um Termo Circunstanciado e foi liberado.
De acordo com Guimarães, esta foi a primeira vez que passou por uma situação de violência desde que passou a prestar o serviço. Apesar da agressão, ele não pretende deixar a empresa e acredita que a atitude não representa todos os motoristas de táxi.
– É um serviço novo, pode gerar certo pânico e essa é a única classe (dos taxistas) que não sofre concorrência. Não são todos, é uma minoria – defende.
A EPTC informou que a polícia ainda não passou dados sobre o caso e que só irá se posicionar quando souber o nome do envolvido e o que ocorreu de fato.