São Jerônimo ganhou uma nova atração nas últimas semanas. Motivados pela repercussão do acidente e dos longos trabalhos de resgate do Cisne Branco, que virou na tempestade de 29 de janeiro no Cais Mauá, em Porto Alegre, moradores da Região Carbonífera passaram a ir até o estaleiro Lacel para ver a embarcação de passeio. Ela foi rebocada até o local em 4 de abril para restauro.
– Em função da fama do Cisne Branco, o pessoal tem vindo bastante, de São Jerônimo, Charqueadas, Arroio dos Ratos. Fez com que as pessoas olhassem para essa zona, pois muita gente não conhecia – conta o proprietário do estaleiro, Celso Heberle.
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Partindo para a quarta semana de trabalho, cerca de 10 homens fazem os reparos. Estão sendo substituídas as chapas de ferro do casco que foram danificadas durante o resgate e também fazendo a limpeza do lodo que havia embaixo do assoalho, em etapa que ainda pode durar cerca de 45 dias. Para isso, o fundo duplo da danceteria, dos banheiros e da cozinha (no primeiro piso do barco) está sendo removido, a fim de limpar e, se necessário, tratar o ferro. O orçamento não foi divulgado.
Proprietária do Cisne Branco, Adriane Hilbig conta que ainda tem muito a ser feito, como substituição das janelas e da forração, recuperação do motor, compra de equipamentos de segurança e de navegação, aquisição de mobiliário, pintura, implantação de sistema de sonorização e iluminação e testes de estabilidade e capacidade da embarcação. Ela ainda deve aproveitar que estão com a mão na massa para realizar algumas modificações, como a construção de banheiro com acessibilidade.
– A decoração também será diferente, mais moderna, mas mantendo o charme dos anos 1970 – adianta Adriane.
A empresária conta que os trabalhos estão dentro do cronograma. A pressa é grande porque já há data para reinauguração: o Cisne Branco retomará as atividades em 27 de setembro, no Dia Mundial do Turismo. Ingressos para o evento já estão sendo vendidos no escritório do Cisne Branco no Cais Mauá.