Os cerca de 1,1 mil alunos do Ginásio Tesourinha ainda lidam com os prejuízos do temporal que atingiu a Capital em janeiro. Há cerca de dois meses tendo de realizar as atividades em meio à situação precária do local, uma parcela dos alunos se mobilizou, na tarde desta quarta-feira, para pressionar as autoridades a concluir a reconstrução do telhado do ginásio. Às 17h30min, ocorreu um abraço simbólico ao ginásio. Desde às 16h, o grupo realizava um "aulão" de educação física aberto ao público.
A aposentada Neusa Marsilli, 69 anos, parou de fazer aulas de dança e de alongamento no local há cinco anos. Mas ela diz que não poderia deixar de apoiar a "família" que construiu frequentando o ginásio por tantos anos.
– Todos querem que o Tesourinha vá para frente de novo – ressalta Neusa.
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Segundo o diretor do Ginásio Tesourinha, Antonio Augusto Fontoura, a previsão é de que de as obras de reconstrução do telhado iniciem na próxima segunda-feira. No início do mês, uma equipe chegou a remover telhas que estavam penduradas no local e ameaçavam cair. Mais de R$ 300 mil já foram liberados pela prefeitura, recurso que deve restaurar 930 metros quadrados de área.
– A falta de telhado acaba deteriorando também a quadra. Ou seja, além do custo da reforma, terá também o da quadra – afirma Fontoura.
O diretor não soube informar a previsão para conclusão da obra.
O Ginásio Tesourinha trabalha com 26 modalidades, como futsal, basquete, voleibol e handebol, e atende cerca de 1,1 mil alunos entre crianças, jovens, adultos e terceira idade – público que representa 60% do total. De acordo com a coordenadora pedagógica Heloisa Silveira, não parou as atividades para não prejudicar a rotina dos alunos.
– Abrimos de forma precária para que os alunos não percam a qualidade de vida – comenta Heloisa.