Segue, na manhã deste sábado, a preparação para resgatar o Cisne Branco do Guaíba – o navio afundou durante o temporal que atingiu Porto Alegre em 29 de janeiro. Uma equipe de mergulhadores está reforçando a amarração do barco com novas cintas, na tentativa de suspendê-lo.
– É um processo muito longo, pois o Cisne Branco está muito pesado. Após essas amarrações, os mergulhadores ainda vão precisar fechar as janelas, que estão quebradas, para então suspendê-lo e bombear a água que está dentro da embarcação – diz Adriane Hilbig, proprietária do navio.
Leia mais
R$ 1 milhão é o preço estimado para resgatar barco como o Cisne Branco
Sindicato das seguradoras estima danos materiais em pelo menos 2 mil imóveis
Fortunati vistoria situação de parque destruído após tempestade
O processo para colocar o barco novamente em flutuação começou no dia seguinte à tempestade. Desde então, diversas e delicadas manobras foram realizadas para que o Cisne Branco possa ser retirado da água sem ser danificado.
Histórico do processo
Sábado (30/01) – Planejamento com engenheiro naval, vedação dos tanques de combustível e instalação de boias de advertência e contenção. À tarde, a primeira balsa chegou ao cais.
Domingo (31/01) – Realização de amarrações no barco e na balsa para que fosse iniciado o processo de reflutuação. O barco foi preso para que ficasse aparente na beira do cais.
Segunda-feira (01/02) – Teve continuidade o processo de usar o peso da balsa para puxar o Cisne Branco. As amarrações precisaram ser reforçadas.
Terça-feira (02/02) – Uma quantidade maior de amarrações precisou ser feitapara evitar o rompimento da embarcação. Neste dia foi constatada a necessidade de uma segunda balsa para auxiliar o processo.
Quarta-feira (03/02) – A segunda balsa chegou por volta do meio-dia e a tarde foi dedicada à realização das amarrações para fixar a estrutura ao barco.
Quinta-feira (04/02) – Em várias manobras envolvendo as duas balsas, a embarcação apresentou pequeno avanço, com inclinação de dez graus e ficando com metade da estrutura fora da água.
Sexta-feira (05/02) – Novamente foram feitas manobras delicadas com as balsas. O Cisne Branco encerrou o dia com 50% do casario aparente e inclinação de quase 45 graus.
Sábado (06/02) – Foram feitas manobras delicadas com as balsas para que o barco ficasse mais perto da superfície.
Domingo (07/02) – Foram refeitas algumas amarras e movimentações com as balsas, que deixaram o barco com 80% de sua estrutura para fora da água.
Segunda-feira (08/02) – Foram feitas movimentações com as balsas, que deixaram o barco com 80% de sua estrutura para fora da água.
Terça-feira (09/02) – Foi feita a nivelação das balsas para preparar o processo de retirada de água da embarcação.
Quarta-feira (10/02) – Foram colocadas cinco cintas resistentes para iniciar o processo de suspensão do barco, que já está com 90% da estrutura para fora da água.
Quinta-feira (11/02) – Por medida de segurança, ficou decidido que novas cintas serão presas ao barco para concluir o processo de suspensão da embarcação.
Sexta-feira (12/02) – Trabalho dedicado ao reforço nas cintas que garantirão que o casco fique intacto durante o procedimento de suspensão.