A polêmica sobre a extração de areia do Guaíba foi o gatilho para que um antigo grupo de voluntários voltasse a se reunir em defesa da conservação do principal responsável pelo abastecimento de água de Porto Alegre.
Batizado VivaGuaíba, o movimento colaborativo anunciou, na manhã desta quarta-feira, a retomada das atividades.
Conforme a fundadora do projeto, a administradora Luciene Schuch, 62 anos, o VivaGuaíba tem uma longa trajetória, que busca conscientizar a população sobre a importância de educar a população e proteger o Guaíba. Criado em 2006 – quando empresas mineradoras foram convocadas para discutir a retomada na extração de areia do manancial – o grupo acabou se dispersando três anos depois.
A ideia de voltar às atividades veio em março do ano passado, quando a secretária estadual de Meio Ambiente e presidente da Fepam, Ana Pellini, anunciou que a fundação autorizaria extração de areia em alguns pontos do Guaíba, após uma década de proibição. Pouco tempo depois, entretanto, o Ministério Público expediu uma recomendação para que o Estado não emitisse qualquer licença ambiental para atividade de pesquisa ou extração de areia no manancial.
– Nosso objetivo é promover ações para que se mantenha a proibição de que empresas mineradoras explorem o local. É um risco que não podemos correr – destaca Luciene.
Agora, com a aposta de trazer para o debate público temas relacionados à proteção do Guaíba pelas redes sociais, o VivaGuaíba pretende reunir parceiros em prol da causa. Entidades como a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) e associações de moradores da zona sul da Capital já são alguns que manifestaram interesse na parceria.