O Denarc desencadeou na manhã desta quinta-feira a Operação Luxúria para combater pelo menos seis traficantes que se utilizavam de uma rede de programas sexuais para vender cocaína a clientes de luxo na Região Metropolitana.
Posted by Diário Gaúcho on Quinta, 29 de outubro de 2015
Operação Luxúria: Denarc combate traficantes que usavam garotas de programa para vender drogas. Buscas foram feitas em apartamento no Bairro Petrópolis. #DiarioGaucho
São cumpridos seis mandados de prisão temporária e outros oito de busca. A maioria dos mandados é cumprida em Porto Alegre. Até o momento, cinco pessoas foram presas, entre elas, o principal alvo da operação.
Um dos homens capturados, de 35 anos, é considerado um dos gerentes de maior influência. Ele portava uma insígnia policial, distintivo e uma carteira de investigador da Policia Civil. A veracidade dos documentos está sendo apurada.
Foto: Ronaldo Bernardi
- Iniciamos a investigação há seis meses, mas eles seguramente já estão agindo há mais de um ano em um esquema bastante lucrativo - explica o delegado Mario Souza.
Tudo começou com a denúncia de uma das garotas, alegando ter sido coagida para seguir no esquema. O Denarc apura pelo menos dois casos em que os gerentes ameaçavam quem quisesse abandonar o trafico. O delegado Mario Souza falou sobre as ameaças:
- Pelo menos dois gerentes são bastante violentos. Foram registradas desde ameaças de divulgação de vídeos na internet até de morte a quem quisesse sair do esquema.
Posted by Diário Gaúcho on Quinta, 29 de outubro de 2015
Operação Luxúria: Denarc combate traficantes que usavam garotas de programa para vender drogas. #DiarioGaucho
Segundo ele, a rede contava com até 60 garotos e garotas de programa, que eram contratados por sites especializados, telefone ou mesmo pelo chamado "book rosa" e, como um extra, compravam também cocaína e drogas sintéticas. O objetivo da polícia não é combater a atividade da prostituição. Conforme o delegado, pelo menos uma das garotas de programa chegou a ser coagida para permanecer no esquema.
Foto: Ronaldo Bernardi
Jovens de classe alta vendiam droga mortal em casa noturna
- Esses gerentes são estudantes universitários, sem antecedentes e têm um bom nível econômico. Negociavam essa droga diretamente com fornecedores que traziam do Paraguai ou de Santa Catarina - aponta o delegado.
Foto: Ronaldo Bernardi
Cada um dos gerentes controlava o seu próprio grupo de garotos e garotas de programa. Compravam drogas com fornecedores ainda não identificados pela policia individualmente. E incluíam o preço da droga - cocaína do tipo escama de peixe e ecstasy - nos programas sexuais. Cada programa custava de R$ 500 a R$ 1 mil. A estimativa é de que o grupo lucrava até R$ 15 mil líquidos por mês.
Foto: Ronaldo Bernardi
Durante as buscas, foram apreendidos uma espingarda, alguns comprimidos de ecstasy, dinheiro e duas toucas ninja, além de cigarros contrabandeados.
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