A Porto Alegre que os motoristas vão encontrar na volta das férias estará cheia de trincheiras. Entre construções e reformas, há trechos interrompidos em obras que dificultam ainda mais o trânsito. E a previsão de conclusão não é animadora: não há garantias da prefeitura de que as ruas e avenidas hoje bloqueadas estarão prontas para uso quando recomeçarem as aulas.
"Acho que não muda muito", diz secretário sobre trânsito entre obras
O período de férias serve como ignição para que obras complexas tenham início ou sejam retomadas, o que resulta em bloqueios e desvios em diversos pontos da cidade. Com menor fluxo de carros, os trabalhos nesta época não teriam tantos reflexos caso começassem ou terminassem rapidamente. O problema é que eles raramente têm início em janeiro - e quase nunca acabam antes do Carnaval.
- Procuramos concentrar essas obras nos meses de janeiro, fevereiro e julho, quando há menor volume de carros. Gostaríamos de estar com tudo pronto quando as pessoas voltassem de seus períodos de férias, mas não conseguimos fazer tudo o que é necessário em tempo hábil - explica Maria Cristina Molina Ladeira, diretora de Transportes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).
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Rotas alteradas e mais deslocamentos
Feitas todas ao mesmo tempo, as obras dividem as equipes de fiscalização e acabam andando ainda mais devagar - além de causarem transtornos em mais regiões. Mesmo bloqueando apenas um trecho das vias, as interrupções criam desvios que ampliam os deslocamento, modificam as rotas dos ônibus e dificultam a vida de pedestres. Somados, os bloqueios e desvios alteram o tráfego em 25,5 quilômetros na Capital: 6,2 km de bloqueios e 19,3 km de desvios.
O titular da Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov), Mauro Zacher, defende que houve avanços no ano passado, e 2015 será marcado pela conclusão de obras que se arrastam há muitos meses.
- As obras evidentemente trazem transtornos, porque a gente faz com que o trânsito se torne mais lento, mas trarão no futuro fluidez e qualidade de tráfego que o cidadão merece - garante o secretário.
Abaixo, clique nas fotos e veja a situação das obras da Copa
* Zero Hora