Responsável pelo Comando de Policiamento da Capital (CPC), o coronel João Godói negou que a Brigada vai proibir que policiais militares façam horas extras. A medida foi especulada depois que o governo anunciou uma série de medidas para conter gastos. Um dos batalhões de Porto Alegre chegou a fazer memorando no qual comunicava os soldados que as horas extras, este mês, estavam proibidas.
- Isso não vai acontecer. A possibilidade de os policiais fazerem horas extras será mantida, não tem qualquer mudança. Já localizamos quem divulgou indevidamente esse documento dentro de um batalhão e vamos instalar um procedimento administrativo - declarou o coronel.
A previsão é que, até segunda-feira, a liberação das horas extras seja informada. Em dezembro, em média, cada batalhão teve 2 mil horas extras para serem distribuídas entre os policiais. Nos batalhões que atendem os territórios da paz (Lomba do Pinheiro Restinga, Rubem Berta e Santa Tereza), os policiais têm ainda outras 4 mil horas extras para fazerem patrulhamento.
Comandante da Brigada Militar, o coronel Alfeu Freitas está em reunião desde a manhã e não falou sobre a questão. Ele tinha encontro marcado com o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, para falar sobre a situação de cerca de 2 mil aprovados no concurso da Brigada, cuja nomeação foi cancelada pelo governo atual devido à contenção de despesas.