A professora Maria de Fátima Monteiro foi precipitada ao fechar a Escola Timbaúva, no Bairro Mario Quintana, durante anunciado toque de recolher em Porto Alegre. A avaliação é do secretário estadual da Segurança, Airton Michels, que concedeu entrevista ao Gaúcha Atualidade nesta quarta-feira (12).
"Não precisaria ter fechado a escola às 15h30. Houve um açodamento da professora. Antes de fechar o estabelecimento ela deveria ter procurado uma autoridade policial", avaliou o secretário.
Michels citou o caso da Vila Cruzeiro que, neste ano, também registrou o fechamento de postos de saúde por medo. O secretário disse que colocou a força policial à disposição da comunidade e não ocorreram mais fechamento das unidades básicas.
O secretário, porém, não negou que na região do Bairro Rubem Berta esteja ocorrendo uma disputa pelo tráfico de drogas. Ele disse que isso ocorre porque houve uma atuação forte da Brigada Militar no local, o que acabou desarmando os grupos. Michels prometeu reforçar mais a segurança na região, com a atuação do Batalhão de Operações Especiais, para tentar dar tranquilizada no bairro.
Sobre o bairro ainda não contar com uma unidade do policiamento comunitário, o secretário disse que ainda não foi possível firmar uma parceria com a prefeitura, que fica responsável pelo pagamento do auxílio moradia aos policiais envolvidos. Michels citou os casos de Canoas, Caxias do Sul e Passo Fundo, que está registrando queda nos homicídios com a atuação dos chamados Territórios de Paz.
O último toque de recolher registrado no bairro Mario Quintana ocorreu após o esquartejamento de um homem identificado como Alexandro Ribeiro Mangold, o Leke, 27 anos, na madrugada de segunda-feira. Em pouco mais de um mês, a instituição fechou as portas cinco vezes por causa da briga entre grupos de traficantes rivais. A disputa tem deixado moradores do bairro Mario Quintana com medo.
Ouça a entrevista com o secretário Airton Michels
Ouça o depoimento da diretora da Escola Timbaúva