A CPI que vai investigar a ocupação da Câmara da Capital por manifestantes em julho aprovou, nesta terça-feira, o plano de trabalho da comissão, elaborado pelo relator da Comissão, vereador Marcio Bins Ely (PDT). No documento, o parlamentar destaca 12 tópicos com irregularidades observadas durante a invasão.
Entre elas, estão a ofensa à liberdade de expressão (com restrição do trabalho da imprensa), danos ao patrimônio público, ameaça e lesão corporal e formação de quadrilha. Os vereadores também aprovaram o pedido do Vereador Valter Nagelstein (PMDB) para que a CPI também investigue crime de dano, ameaça, furto, consumo de drogas e apologia a drogas, ato obsceno, prevaricação e ofensas ao regimento interno da câmara.
Além disso, foram votados 31 requerimentos dos vereadores. Vinte e um deles são de autoria da vereadora Sofia Cavedon (PT), que solicita as oitivas de sindicatos, professores e entidades que participaram da ocupação, o que foi contestado pelo relator da comissão. Os vereadores decidiram, então, prorrogar a votação dos documentos.
A sessão da próxima semana deverá ser dedicada, novamente, a análise de requerimentos. No total, foram mais de 40 documentos encaminhados pelos vereadores. As oitivas devem ter início somente na outra semana. O dia fixo da realizações das sessões foi votado para as terças-feiras, podendo ser transferido para as quintas, depois da conclusão da CPI da telefonia.
Ocupação
A Câmara foi ocupada entre os dias 10 e 17 de julho. Os manifestantes apresentaram uma série de reivindicações, parcialmente atendidas pelos vereadores. Dois projetos de lei foram protocolados pela Casa: o que prevê maior transparência das planilhas de cálculos das empresas de transporte coletivo e um indicativo ao Executivo municipal para que seja elaborado um estudo de viabilidade do passe livre para estudantes e desempregados na Capital. Durante a permanência, um grupo de mais de 20 pessoas tirou fotos sem roupa nas dependências do Legislativo.
Gaúcha
CPI da invasão aprova plano de trabalho da comissão
Serão investigados, entre outras coisas, ofensa à liberdade de expressão, danos ao patrimônio público, ameaça e lesão corporal e formação de quadrilha
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