Após quase 13 horas de paralisação, os ônibus da Carris e da Nortran (empresa que faz parte do consórcio Conorte) voltaram a circular em Porto Alegre. A decisão veio depois de audiência na tarde desta quinta-feira (18) no Tribunal Regional do Trabalho da Quarta Região (TRT4). Participaram Ministério Público do Trabalho (MPT), EPTC, e representantes das empresas e rodoviários. O acordo firmado traz oito itens referentes a reivindicações de funcionários e obrigações das empresas.
Ficou acordado que as empresas pagarão o salário referente ao dia 11 de julho, quando o transporte coletivo aderiu à greve geral no país. Sobre divergências de parte dos rodoviários com a atual diretoria do sindicato, a desembargadora Rosane Seraffini Casa Nova, que coordenou a reunião, determinou a realização de uma nova eleição e espera assim que os desentendimentos acabem dentro da categoria. A divisão dentro do sindicato é um dos principais motivos de discordância entre os funcionários. Alguns deles, inclusive, formaram uma comissão, já que não se dizem representados pela atual direção.
Os funcionários da Carris querem o pagamento do premio motivacional e o abono desta quinta-feira. Já os da Nortran vão se reunir nesta sexta-feira (19) com a direção para acertar questões principalmente relativas ao cumprimento das tabelas de horários. A paralisação das duas empresas nesta quinta pegou milhares de usuários de surpresa e afetou 35% das linhas da capital, segundo a EPTC. Dos quase 500 coletivos que deveriam estar nas ruas, apenas 20 estavam circulando nas primeiras horas da tarde.