Duas ex-servidoras do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania apresentaram uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-ministro Silvio Almeida por injúria e difamação.
A defesa de Kelly Garcéz e Iany Brum, ex-coordenadoras do Disque 100, alegam que Silvio Almeida atentou "diretamente contra a honra, o decoro e a dignidade das servidoras públicas federais com reflexos na credibilidade da administração pública e dos serviços institucionais da pasta ministerial" ao citá-las em uma nota divulgada pelo ministro quando o caso de supostos assédios dele contra integrantes do governo federal veio à tona.
A representação critica ainda o uso dos canais oficiais de comunicação do governo pelo ex-ministro contra as servidoras. "Demonstra evidente desvio de função e utilização de recursos públicos para fins particulares", diz o documento.
Entenda o caso
Em comunicado divulgado pelo Ministério dos Direitos Humanos no dia 6 de setembro, a pasta diz que a ONG Me Too, que revelou os supostos casos de assédio sexual que teriam sido praticados pelo ministro, tem um "histórico relacional controverso" com o ministério e cita uma suposta tentativa de ingerência da organização em uma licitação da coordenação-geral do Disque 100.
No texto, os nomes de Kelly Garcéz e Iany Brum são citados. Segundo o ministério, as ex-servidoras teriam tentado dar "contornos ao caráter licitatório do Disque 100, na intenção de atender seus interesses em negociações" com a pasta.
A nota foi retirada do site do Ministério dos Direitos Humanos.