O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta sexta-feira (8), mais 15 réus pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram vandalizadas em Brasília (DF). Até o momento, a Corte condenou 131 envolvidos no 8 de Janeiro, com penas que variam de três a 17 anos.
Na mesma sessão, o relator das ações, ministro Alexandre de Moraes, propôs a condenação de mais 14 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e, em decisão inédita, sugeriu a primeira absolvição entre os envolvidos no episódio. Os casos serão pautados no plenário virtual na semana que vem.
As condenações do STF imputam aos alvos os crimes de dano qualificado, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa. A PGR, no total, formulou 1.390 denúncias e busca acordos com mais de mil denunciados, por meio dos quais haveria a confissão dos crimes para que o caso não fosse a julgamento.
Primeira absolvição
Mais 15 réus serão julgados na semana que vem no plenário virtual, nome dado ao sistema de votação eletrônico do Supremo. Entre eles, há o caso do serralheiro Geraldo Filipe da Silva, que estava em situação de rua no dia do atentado golpista. Ele foi denunciado pela Procuradora mas, para Moraes, não há provas de que Geraldo "se uniu" aos extremistas. O serralheiro passou mais de dez meses detido.