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"Explorar politicamente fato deplorável é igualmente desonesto", diz Ciro Gomes sobre o 8 de Janeiro

Afirmação foi publicada no mesmo dia em que ato é realizado para lembrar o primeiro ano dos ataques antidemocráticos 

Estadão Conteúdo

Karina Ferreira

Miguel Schincariol / AFP
Ciro Gomes disputou as eleições presidenciais de 2022.

O ex-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, publicou nesta segunda-feira (8) uma nota em que diz que os atos golpistas de 8 de Janeiro estariam sendo explorados politicamente, em vez de serem "punidos exemplarmente".

A nota, publicada na conta de Ciro no X (antigo Twitter), começa falando que os atos merecem punição.

"Os atos de vandalismo e de depredação do patrimônio público, ocorridos por insubmissão política aos resultados eleitorais, devem ser punidos exemplarmente, principalmente a partir dos grandes responsáveis pelo seu financiamento e motivação".

A seguir, o pedetista cutuca, ao que parece, o governo federal e o Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que as punições não estão ocorrendo, mas sim, segundo ele, a exploração política do fato

"Explorar politicamente o fato deplorável é igualmente desonesto e é o que está acontecendo."

A nota de Ciro ocorre no mesmo dia do ato realizado pelos três poderes em memória dos ataques antidemocráticos ocorridos há um ano. Convocado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a cerimônia "Democracia Inabalada" ocorre na tarde desta segunda no Salão Negro da sede do Legislativo.

A assessoria de Ciro foi procurada pela reportagem para comentar se a publicação no X foi direcionada a alguém ou algum órgão específico, mas não atendeu.

Até agora, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, proferiu 6.204 decisões relacionadas aos ataques de 8 de janeiro. Desse total, foram 255 medidas de busca e apreensão em 400 endereços e 350 medidas de quebras de sigilo bancário e telemático. As medidas resultaram em 800 diligências. Os resultados foram divulgados em um relatório no domingo (7), pelo STF.

Ao longo de 2023, foram recebidas 1.345 denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Até o mês de dezembro de 2023, 38 acordos foram homologados com acusados pelos crimes menos graves (aqueles que estavam em frente aos quartéis). Nesses acordos, os réus admitiram os crimes e se comprometeram a pagar multas e a fazer curso sobre a democracia, por exemplo.

Contudo, os atos golpistas completam um ano sem punição a mentores e financiadores.

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