Integrantes de movimentos sociais, sindicais, estudantis e da sociedade civil, além de militantes de partidos e personalidades do cenário político estadual, reuniram-se em ato público, no Centro Histórico da Capital, na tarde desta segunda-feira (8), para se manifestar em defesa da democracia e das instituições públicas. A ação decorre da passagem de um ano dos atos antidemocráticos que culminaram com as invasões e depredações ocorridas há um ano em Brasília.
Na Capital, as representações realizariam sua atividade na sede do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários), localizada na Rua General Câmara. O ato acabou sendo deslocado para a esquina com a Rua dos Andradas, em razão da quantidade de participantes e do calor da tarde.
A atividade concentrou-se ao redor de um veículo equipado com amplificador de som, de onde as falas eram proferidas. Convidado a falar aos participantes, o ex-governador do Rio Grande do Sul e ex-prefeito de Porto Alegre Tarso Genro (PT) destacou a resistência da sociedade ao discurso que tentava colocar em dúvida a lisura do processo eleitoral no país.
— Há um ano, vivemos uma tentativa de golpe, por pessoas que prometiam destruir as instituições e a democracia da República. Diziam que as urnas eram corrompidas e o resultado eleitoral seria roubado. A sociedade deu sua resposta de forma democrática e com valores que precisam ser permanentemente protegidos — declarou Tarso.
Os participantes também reforçaram a cobrança para que os envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 sejam processados e responsabilizados, diante da comprovação de crimes.
— Sem anistia. E sem perdão. Eu quero ver o Bolsonaro na prisão — cantavam os manifestantes.
A atividade foi monitorada pela Brigada Militar e pela Guarda Municipal de Porto Alegre e dispersou-se de forma pacífica no início na noite.