O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja nesta quarta-feira (17) para o Japão. No país asiático, Lula participa da 49ª Cúpula do G7, que acontece no final de semana. Ele será acompanhado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
Conforme a agenda do Palácio do Planalto, o embarque estava previsto para 9h, de Brasília. A viagem terá escalas na Cidade do México, no México, e no Alasca, nos Estados Unidos. A chegada a Hiroshima, no Japão, está prevista para a manhã sexta-feira (19, no Japão; noite de quinta no Brasil).
O presidente Lula terá pelo menos três reuniões bilaterais em Hiroshima. Estão previstos encontros com o premiê japonês, Fumio Kishida; o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi; e com o presidente da Indonésia, Joko Widodo. Outros governos também manifestaram interesse para reuniões com o mandatário brasileiro, a confirmação depende da conciliação de agendas.
No sábado, às 15h (3h no horário de Brasília), Lula participa da primeira reunião temática de debates prevista na agenda. Na pauta estão os principais desafios contemporâneos, como segurança alimentar, saúde e democracia. Depois, às 17h20min (5h20min no horário de Brasília), o debate será sobre os desafios nas áreas ambiental, enfrentamento das mudanças climáticas e transição energética.
Já no domingo, dia 21, está prevista para às 8h (20h de sábado, no horário de Brasília) uma visita dos chefes de Estado e de Governo ao Memorial da Paz de Hiroshima. Às 9h30min (21h30min de sábado), ocorre a última reunião temática da cúpula, que tratará sobre paz, prosperidade e desenvolvimento.
Sustentabilidade e paz
Segundo o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador Mauricio Lyrio, o presidente brasileiro tratará de dois temas, prioritários: o desenvolvimento sustentável de países em desenvolvimento e a paz mundial – tema que o presidente tem defendido amplamente em reuniões de que tem participado no Exterior.
O G7 é composto pelos países mais ricos do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. O Brasil estará no evento como convidado pelo governo japonês.
Ao final da cúpula, é esperada a apresentação de dois documentos. O primeiro, com a posição dos sete países-membros em relação aos temas em pauta, o que inclui o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. O segundo, vai englobar o posicionamento do G7 e mais os países convidados para o encontro. Além dos países do grupo e do Brasil, participam das reuniões Austrália, Comores, Ilhas Cook, Índia, Indonésia, República da Coreia e Vietnã.
Esta será a sétima participação do presidente Lula em cúpulas do G7. As seis primeiras ocorreram nos dois primeiros mandatos dele, entre os anos de 2003 e 2009. Desde 2009 o Brasil não comparecia a um encontro do grupo.
De acordo com a organização geral do evento, dentro dos tópicos que serão abordados estão a agressão da Rússia contra a Ucrânia; o desarmamento nuclear e a não proliferação de armas nucleares; resiliência e segurança econômica; mudanças climáticas e transição energética; segurança alimentar; saúde; além dos objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). Também serão discutidas áreas como gênero, direitos humanos, digitalização e ciência e tecnologia.