Os deputados aliados do governo Eduardo Leite descobrirão, no fim da tarde desta segunda-feira (17), qual a proposta do Palácio Piratini para reformular o IPE Saúde. Diferentemente da semana passada, quando o Piratini convidou todos os 55 deputados estaduais para apresentar o diagnóstico do IPE Saúde, desta vez apenas os deputados da base foram chamados.
O encontro desta segunda será realizado no Galpão Crioulo do Palácio Piratini. A expectativa é que a reunião dure ao menos uma hora e 30 minutos.
Na semana passada, quando apresentou o diagnóstico do IPE Saúde, o governador indicou a possibilidade de o plano passar a cobrar do servidor público pelo cadastramento de dependentes. Atualmente, não há custo para inclusão dos familiares.
De acordo com o Piratini, dos 608 mil segurados do plano principal do IPE, 263 mil (43,2%) são dependentes que não pagam contribuição mensal.
Outra possibilidade aventada é a cobrança diferenciada para servidores de idades diferentes. Atualmente, todos os servidores que desejam acessar o plano — independentemente da idade — têm desconto de 3,1% de seus salários. Na média, o valor mensal pago pelo servidor para ter direito ao IPE Saúde é de R$ 185,32.
Um dos problemas desta forma de cobrança, na avaliação do Piratini, é que os servidores mais jovens — que em sua maioria demandam menos serviços do plano — desembolsam o mesmo que servidores de idade mais avançada.
A partir do detalhamento do projeto, nesta segunda-feira, o governo Leite promete realizar uma série de encontros com setores diretamente afetados pelas mudanças — servidores, prestadores de serviços, hospitais e médicos.
Passadas as negociações, o Piratini deve enviar o projeto à Assembleia Legislativa, provavelmente em maio.