O ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, anunciou na quinta-feira (27) que editará portaria para obrigar os servidores da pasta a apresentar a caderneta de vacinação com todos os registros atualizados.
Em sua rede social, Cappelli disse que a carteira será exigida para todos os servidores que atuarem na segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Quem mantém contato com o presidente da República deve cumprir o que orientam as autoridades sanitárias", escreveu Cappelli em sua conta oficial no Twitter.
Durante a reunião dos anúncios dos cem dias de governo, Lula prometeu que o governo iria cobrar dos visitantes e servidores do Palácio do Planalto que apresentem a carteira de vacinação com o registro de todas as doses exigidas para ter acesso ao prédio. Na ocasião, Lula disse que só vai trabalhar na Presidência "quem tiver cartão de vacina".
— Pode até querer ficar doente, mas não pode transmitir para as outras pessoas — disse Lula.
— Ainda tem muita gente que não gosta da democracia impregnada aqui. Vamos conversar que, neste Palácio, não trabalhará ninguém que não tenha o cartão de vacina — completou.
A medida anunciada por Cappelli ocorre no momento em que o GSI passa por um processo de exoneração em massa que tem sido classificado por assessores de Lula como o movimento de "desbolsonarização" da pasta.
Na quarta-feira (26), o ministro interino já havia determinado a exoneração de 29 servidores comissionados. Dentre eles estavam quatro secretários de áreas estratégicas do GSI. No dia seguinte, Cappelli repetiu a medida e determinou a demissão de outras 58 pessoas com cargos nomeados por governos anteriores.