Após oito anos de mandato, Lasier Martins (Podemos-RS) se despede do Senado nesta quarta-feira (1º). Em 2022, o parlamentar disputou a eleição para deputado federal, mas não conquistou vaga na Câmara — fazendo 26,6 mil votos.
Com a saída de Lasier, a bancada do Rio Grande do Sul no Senado será formada por Luis Carlos Heinze (PP) e Paulo Paim (PT), ambos com mais quatro anos de mandato, e Hamilton Mourão (Republicanos), eleito no último pleito.
Na semana passada, em entrevista publicada na coluna de Rosane de Oliveira, em GZH, Lasier falou em "decepções" por não ter conseguido aprovar projetos de lei que definiu como "moralizadores".
Citou propostas para reduzir o orçamento do Senado, controlar, regrar e dar transparência ao uso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) por autoridades, restaurar a execução da prisão após condenação em segunda instância e mudar o sistema de indicação de ministros para o Supremo Tribunal Federal (STF), retirando a exclusividade do presidente da República.
— Eu poderia enumerar duas dezenas de projetos, nada disso passa. São instituições viciadas em mordomias e privilégios. A gente sofre muitas decepções — disse.
Aos 80 anos, Lasier diz que irá aproveitar o mês de fevereiro para refletir sobre o futuro. Afirma que poderá voltar à advocacia, à comunicação e à política.
— Trabalho desde os 14 anos e não fico parado. Não descarto a política, mas preciso refletir — afirmou na entrevista.
Em 2014, Lasier foi eleito senador com 37,4% dos votos válidos (2,1 milhões). Estreante na política, ele venceu uma apertada disputa com Olívio Dutra (PT), que obteve 35,31% dos votos, correspondente a 2 milhões de votos..