A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), a Justiça Federal em Brasília decretou a prisão preventiva — sem data para acabar — de quatro suspeitos que haviam sido presos em flagrante no domingo (8) em meio à depredação das instalações do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida foi deferida em audiências de custódia realizadas na madrugada desta terça-feira (10).
As requisições de prisão preventiva partiram do promotor André Alisson, que integra a assessoria criminal do procurador-geral Augusto Aras. Tratam-se das primeiras preventivas impostas a golpistas que atacaram os prédios públicos na Praça dos Três Poderes no último domingo.
Ao defender a manutenção da custódia dos golpistas, Alisson apontou a gravidade dos crimes praticados, "sobretudo, pelo terror imposto à sociedade, pelo desprezo à cúpula dos poderes da República e pelo simbolismo que essas instituições representam para o regime democrático".
Na avaliação da PGR, a prisão preventiva dos quatro é necessária para "a garantia da ordem pública, a aplicação penal, a regularidade da investigação e eventual instrução penal, bem como para evitar a prática de novas infrações penais".
Ainda no dia do ataque, aproximadamente 300 invasores foram presos em flagrante pelas forças de segurança em Brasília. Já no dia seguinte, com o fim do acampamento de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em frente ao Quartel-General (QG) do Exército na Capital Federal, cerca de 1,2 mil outras pessoas também foram detidas.