Mauro Hauschild pediu para deixar o cargo de secretário de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo do Rio Grande do Sul. A carta contendo o pedido foi entregue ao governador Ranolfo Vieira Júnior na final da tarde desta quinta-feira (15).
No dia 6, reportagem da RBS TV revelou que a promotoria de defesa do patrimônio público do Ministério Público do Estado e o Ministério Público de Contas abriram investigação para apurar suspeita de nepotismo envolvendo Hauschild. Ele é companheiro de uma diretora da secretaria, Pâmela Peixoto, que usa veículo oficial do Estado e recebeu aumento na gratificação incorporada ao salário após o começo do relacionamento com Hauschild.
Na ocasião, o agora ex-secretário nega que tenha ocorrido qualquer irregularidade. Nesta quinta-feira, questionado sobre o motivo da exoneração, disse que vai se dedicar às atividades privadas, juntamente com Pâmela, que também teria pedido saída do cargo que ocupava.
— Não (não tem relação com a investigação). Porque decidimos (eu e Pamela) que deveríamos retomar nossas atividades privadas. Ela como psicóloga e eu como advogado — respondeu ao questionamento da colunista Rosane de Oliveira, de Zero Hora.
Em publicação no Twitter, o Estado agradeceu pelo empenho do ex-secretário: "O governo agradece a Mauro pelos serviços prestados em três diferentes pastas desde 2020, em especial no que diz respeito à revitalização do sistema penal gaúcho, com a histórica reconstrução da Cadeia Pública de Porto Alegre (antigo Presídio Central)".
Segundo Hauschild, é provável que a secretária adjunta da pasta, Carolina Ramires, assuma o posto. O Palácio Piratini foi contatado, mas até a publicação não confirmou quem irá sucedê-lo.
