Nesta quinta-feira (8), a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de cinco dias para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) preste esclarecimentos que considerar "pertinentes" sobre os ataques às urnas eletrônicas feitos durante reunião com mais de 70 embaixadores, em julho, no Alvorada.
No mesmo despacho, Rosa determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) arquive uma apuração preliminar sobre o tema que foi aberta pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, aliada do procurador-geral, Augusto Aras, sem ter sido provocada.
A decisão veio depois do pedido de Lindôra para arquivar a notícia-crime dos parlamentares que questionaram o encontro no Alvorada. A vice-procuradora-geral justificou que sua apuração era anterior ao pedido dos congressistas.
Aras e Lindôra já foram cobrados pela ministra do Supremo Cármen Lúcia por instaurar com frequência apurações preliminares, que, por lei, não têm a supervisão da Corte. No despacho de ontem, Rosa lembrou da "advertência" de Cármen Lúcia.