O vice-presidente Hamilton Mourão comentou nesta segunda-feira, 11, o assassinato de um guarda municipal, que filiado ao PT, por um agente penitenciário, bolsonarista, e disse que casos como esse "ocorrem todo final de semana". O general, pré-candidato a senador no Rio Grande do Sul pelo Republicanos, criticou o que chamou de "uso político" do episódio e afirmou que o caso "não é preocupante".
— É um evento lamentável. Ocorre todo final de semana em todas as cidades do Brasil, gente que provavelmente bebe e aí extravasa as coisas. Eram todos da área policial. Um era guarda municipal, o outro agente penal. Vejo de uma forma lamentável isso aí — disse Mourão a jornalistas, no Palácio do Planalto.
— Vou repetir o que eu estou dizendo e nós vamos fechar esse caixão. Para mim, é um evento desses lamentáveis que ocorrem todo final de semana nas nossas cidades, de gente que briga e termina indo para o caminho de um matar o outro — emendou.
Na noite de sábado, o guarda municipal Marcelo Arruda foi morto a tiros em Foz do Iguaçu (PR) durante a comemoração do aniversário de 50 anos dele. A festa tinha temática do PT e Marcelo era filiado ao partido. De acordo com o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, ele foi morto por Jorge José da Rocha Guaranho, agente penitenciário federal e apoiador de Bolsonaro.
Nesse domingo, o presidente cobrou investigação da morte, mas responsabilizou a esquerda por episódios de violência. "Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos", escreveu Bolsonaro, no Twitter.