O governador de São Paulo e pré-candidato a presidência em 2022, João Doria (PSDB), concedeu entrevista à CNN Brasil neste domingo (28) e afirmou uma possível aliança com o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, cotado como nome do Podemos para as eleições.
— É possível. Eu tenho boas relações com Sergio Moro e tenho respeito por ele, não haveria nenhuma razão para não manter relações com alguém que ajudou o Brasil, com alguém que contribuiu com a Lava Jato — disse Doria.
O tucano também mencionou já estar em contato com alguns pré-candidatos para começar a traçar planos conjuntos para as eleições do ano que vem. As conversas, segundo ele, devem ser continuadas nas próximas semanas.
— Temos que estar juntos para termos projetos para os brasileiros. Não vejo condições de um projeto do PSDB, mas um projeto de Brasil. Temos que ter humildade, capacidade, bom diálogo e propostas claras e objetivas — afirmou.
João Doria como "terceira via"
Questionado sobre ele ser a melhor opção contra o presidente Bolsonaro (sem partido, com previsão de filiação ao PL nesta semana) e o ex-presidente Lula (PT), o candidato do PSDB falou sobre as pesquisas serem as principais balizadoras da escolha do candidato denominado como "terceira via":
— A pesquisa não é único elemento necessário. Ela é parte integrante, mas tem que ter uma composição de forças para que este candidato ou candidata possa representar uma capacidade de enfrentamento a Lula e Bolsonaro — afirmou.
As recentes pesquisas indicam Doria em 5º lugar nas intenções de voto, atrás de Lula, Bolsonaro, Moro e Ciro Gomes (PDT)
Durante a entrevista, Doria também falou que deve anunciar os integrantes da sua equipe que montará seu programa econômico:
— Vamos ter uma equipe competente produzindo nosso programa econômico. São seis pessoas, não vamos ter um ‘posto Ipiranga'— disse Doria, fazendo referência ao apelido que o presidente Jair Bolsonaro deu ao ministro da Economia, Paulo Guedes.
No último sábado (27), João Doria venceu as prévias do PSDB para decidir quem iria representar o partido nas eleições do ano que vem. O paulista venceu o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, por 53,99% a 44,66% dos votos. Arthur Virgílio, de Manaus, ficou com 1,35% do percentual.