O destino político do deputado estadual Ruy Irigaray (PSL) começa a ser definido na próxima segunda-feira (29), quando ocorrerá a análise, na Comissão de Ética da Assembleia Legislativa, das suspeitas que pesam contra o parlamentar. Em reunião aberta, a comissão fará a votação do parecer que sugere a cassação do mandato de Irigaray.
A reunião da Comissão de Ética começará às 9h, na sala João Neves da Fontoura (o Plenarinho), com transmissão pela internet. A primeira etapa é a leitura das mais de 50 páginas do relatório produzido pela subcomissão processante. Na etapa seguinte, a defesa de Ruy Irigaray terá 15 minutos para fazer a sustentação oral, apresentando os argumentos em favor do deputado. O deputado negou, durante todo o processo, as acusações.
Na sequência, ocorrerá a leitura do parecer de cerca de 200 páginas produzido pelo relator do caso, deputado Beto Fantinel (MDB). O parecer será tornado público apenas na segunda-feira, mas já pode ser consultado pelos deputados, presencialmente, na Assembleia. É o parecer que responsabiliza Irigaray e prevê a punição.
A última fase da reunião é a votação do parecer pelos 12 membros da Comissão de Ética, que dirão sim ou não para a investigação e a proposta de penalização. Se for aprovado, o processo contra Irigaray segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois para a votação final no plenário da Assembleia Legislativa.
Os 12 membros da Comissão de Ética são: Fernando Marroni (PT), que preside o grupo, Aloísio Classmann (PTB), Tiago Simon (MDB), Beto Fantinel (MDB), Edegar Pretto (PT), Sérgio Turra (PP), Mateus Wesp (PSDB), Capitão Macedo (PSL), Dalciso Oliveira (PSB), Juliana Brizola (PDT), Fábio Ostermann (Novo) e Fran Somensi (Republicanos).
Entenda o caso
Reportagem do jornalista Giovani Grizotti, da RBS TV, mostrou que Cristina Nebas, uma ex-assessora de Irigaray, acusa o parlamentar de utilizar funcionários comissionados do gabinete na Assembleia Legislativa, pagos com dinheiro público, para fins pessoais, como a reforma da casa da sogra dele. As denúncias foram endossadas por outra ex-assessora do parlamentar.