Após ficar seis dias bloqueada por conta das manifestações em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, no 7 de Setembro, a Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), será palco de protestos pró e contra o governo neste domingo (12).
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, pela manhã, pessoas favoráveis ao governo ocuparão o local e poderão ficar até as 14h. Uma hora depois, será a vez dos contrários a Bolsonaro protestarem, podendo permanecer até as 19h.
"Eles irão se manifestar entre o Museu da República e a Avenida José Sarney, paralela à Avenida das Bandeiras, porém em horários distintos", informou a pasta.
Liberada somente na sexta-feira (10), a área central de Brasília terá o acesso interrompido novamente por conta das manifestações. Os atos serão acompanhados pela Polícia Militar.
Segundo o governo do Distrito Federal, a segurança será reforçada durante os dois eventos:
"A área central de Brasília permanece sob monitoramento da SSP e forças de segurança locais, por meio do Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob) e equipes em campo. O objetivo é garantir a segurança de todos que circulam na região. O policiamento na região será reforçado".
Com uma mobilização maior, os atos contra o governo são organizados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e têm como principal reivindicação o impeachment do presidente. As manifestações também vão acontecer em outras capitais, como Porto Alegre, São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG).
É prevista a participação de políticos de variados espectros ideológicos. Na principal manifestação, que vai acontecer em São Paulo, na Avenida Paulista, estão confirmadas as presenças de militantes do PSDB, das centrais sindicais e do presidenciável Ciro Gomes (PDT).
O PT, principal partido de oposição ao governo Bolsonaro, não estará presente. O deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), um dos líderes do MBL, afirmou que a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, negou participar.
— A Gleisi negou participação antes de convidarmos as esquerdas — disse o político ao Estadão.