Na reomada das votações após o recesso parlamentar, a Assembleia Legislativa gaúcha aprovou, nesta terça-feira (3), projetos de consenso entre os deputados estaduais, incluindo o que prevê a ampliação de unidades da Delegacia Especializada da Mulher e de casas-abrigo para mulheres vítimas de violência. O texto também sugere ao governo do Estado que seja disponibilizado algum formato de botão do pânico para auxiliar as mulheres que já foram alvo de agressão ou ameaça.
O projeto, de autoria do deputado Vilmar Lourenço (PSL), foi aprovado por unanimidade, com valorização da bancada feminina.
— Ampliar a rede de proteção, como sugere o deputado Vilmar Lourenço, é muito importante. Todos temos o compromisso de erradicar a violência contra mulheres e meninas. Esse projeto vem somar esforços nesse sentido — disse Sofia Cavedon (PT).
Procuradora da mulher da Assembleia Legislativa, a deputada Franciane Bayer (PSB) ampliou o tema:
— O enfrentamento à violência contra as mulheres depende de uma rede de proteção que funcione e encoraje as mulheres a denunciar.
Em uma tarde de aprovações por unanimidade, a divergência ficou por conta do uso da máscara de proteção facial, item obrigatório no parlamento durante a pandemia. O deputado Tiago Simon (MDB) tirou a máscara para falar à tribuna e foi repreendido pelo colega Valdeci Oliveira (PT), que presidia a sessão.
— É que embaça os meus óculos. No Congresso eles falam sem (máscara) — justificou Simon, antes de se conformar com a regra e recolocar o acessório.
O deputado já havia passado por situação semelhante no fim de 2020. O então presidente da Assembleia Ernani Polo também exigiu que Simon respeitasse a regra como os demais.