Ao deixar o hospital Vila Nova Star, em São Paulo, na manhã desta domingo (18), onde estava internado desde quarta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro voltou a falar em "baixa efetividade da CoronaVac". Ele também defendeu o uso de medicamentos de eficácia ainda não comprovada para tentar combater a covid-19, como a proxalutamida.
— Minha mãe tem 94 anos. Se ficasse doente, eu autorizaria o tratamento dela com proxalutamida — disse o presidente a jornalistas, na saída do hospital, em referência a um medicamento geralmente usado no tratamento de cânceres que têm relação com a testosterona, como o câncer de próstata.
Bolsonaro disse que vai chamar o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para tratar dessa questão nesta segunda-feira (19). Para o presidente, é preciso testar alternativas livremente. Ele ressaltou que as vacinas foram aprovadas em caráter emergencial e voltou a falar, mais uma vez, sobre a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
Ao citar, na sua avaliação, a baixa efetividade da CoronaVac, Bolsonaro voltou a criticar o governador de São Paulo, o tucano João Doria, um dos maiores defensores desse imunizante.
— O Doria, mesmo vacinado, pegou de novo o coronavírus — disse o presidente.
Todos os imunizantes contra o Sars-CoV-2 reduzem o risco de desenvolver quadros graves da doença, mas não eliminam a possibilidade de contágio, ressaltam especialistas.