Três pessoas foram presas pela Polícia Federal (PF), nesta terça-feira (8), durante a Operação LEET, que investiga um ataque cibernético ao Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o portal G1, os mandados foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes.
O ataque, que ocorreu em maio, tirou o site do Supremo do ar. À época, técnicos da corte afirmaram que informações sigilosas não foram acessadas pelos hackers e que não houve "sequestro de ambiente virtual".
Cinco mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária estão sendo cumpridos nas cidades de Itumbiara (Goiás), em Bragança Paulista (São Paulo), Belém do São Francisco, Jaboatão dos Guararapes e Olinda (Pernambuco).
Os crimes investigados na ação são de associação criminosa e invasão a dispositivo de informática.
O ataque
No dia 3 de maio, técnicos do STF identificaram atividades suspeitas no site do tribunal e tiraram do ar os sistemas da corte, incluindo a página oficial, que ficou indisponível por diversos dias.
Uma série de serviços — incluindo o acompanhamento de andamentos processuais — ficou indisponível, o que levou a uma suspensão de prazos processuais por 48 horas. Na ocasião, o STF divulgou uma nota afirmando ter identificado "acessos fora do padrão" a seus sistemas, mas não confirmou se realmente era um ataque virtual.
Uma investigação foi então conduzida pela Polícia Federal, que divulgou uma nota, dizendo ter identificado a prática de crimes cibernéticos.
"No curso do inquérito policial foram identificados os endereços de onde partiram os ataques, bem como as pessoas que, de forma sistemática e organizada, praticaram os crimes ora apurados", diz o texto.
Com as provas colhidas nesta terça-feira, o órgão afirmou que "busca-se identificar demais partícipes e circunstâncias dos atos criminosos".