O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub e seu irmão, o ex-assessor especial da Presidência da República Arthur Weintraub, publicaram em suas redes sociais na noite da sexta-feira (4) que estão recuperados de casos graves da covid-19.
Atualmente, os irmãos vivem nos Estados Unidos. Abraham é diretor-executivo do conselho do Banco Mundial. Já Arthur, atua como secretário de Segurança Multidimensional da Organização dos Estados Americanos (OEA).
— A gente pegou covid, uma cepa bem agressiva, não foi a normal, aparentemente foi essa nova. O Arthur, eu, as nossas esposas, inclusive as crianças pegaram — disse o ex-ministro em vídeo gravado ao lado do irmão e publicada no Youtube.
Na publicação, Abraham não especificou a qual variante agressiva do coronavírus se referia.
— Eu e o Arthur fomos os casos mais graves pelo perfil da doença: homem adulto. Tivemos o pulmão comprometido — afirmou.
No vídeo, Arthur afirma que ele e o irmão pretendiam se vacinar há cerca de um mês, mas não puderam porque apresentaram sintomas da covid-19:
— Eu não achei que fosse covid, de início estava tranquilo, era uma febre alta. E aí, quando eu vi, não tomei, não se pode tomar vacina com o risco de estar com covid. Isso foi no começo de maio. Foi no dia 12 de maio. A gente não pôde tomar e ficamos com a doença."
Por fim, os irmãos agradeceram aos médicos pelo tratamento recebido nos Estados Unidos e aos seguidores pelas mensagens de apoio nas redes sociais.
A publicação acontece em meio à CPI da covid-19 no Senado. Os senadores que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid aprovaram a convocação de Arthur Weintraub para prestar esclarecimentos sobre a existência de um "gabinete paralelo" de aconselhamento do presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento à pandemia.
Imagens divulgadas na sexta-feira (4), pelo site Metrópoles, mostram o presidente Jair Bolsonaro participando, em setembro do ano passado, de uma reunião com médicos e outras pessoas. Os trechos divulgados pelo Metrópoles indicam que Arthur intermediaria
os contatos entre o grupo e o Palácio do Planalto.