Eduardo Paes disse durante sua posse que nunca um prefeito recebeu do seu antecessor no Rio de Janeiro "uma herança tão perversa", e afirmou que a cidade enfrenta uma "emergência fiscal" que será enfrentada a partir desta sexta-feira (1), com a publicação de 45 decretos no Diário Oficial do Município. Ao todo, foram mais de 70 decretos.
— O legado deixado pela gestão que me antecedeu não é bom. Isso, sem abrir mão de que fatos concretos sejam apurados e o correto diagnóstico da situação que estamos encontrando seja informado de forma transparente à sociedade — disse Paes em seu discurso de posse, referindo-se a comissões de investigações criadas por decreto hoje para apurar ações suspeitas do ex-prefeito Marcelo Crivella, que cumpre no momento prisão domiciliar.
— Hoje publicamos um conjunto importante de decretos para tornar a nossa cidade solvente novamente. Nunca na história da cidade do Rio de Janeiro um prefeito recebeu do seu antecessor uma herança tão perversa. Servidores esperando pagamento que não vem, um desafio fiscal colossal que atinge a marca de R$ 10 bilhões — informou.
Ele afirmou, no entanto, que não vai ficar reclamando da "herança maldita", mas olhar para frente enquanto apura os fatos.
— Vamos recuperar o grau de investimento que tínhamos até 2016 — afirmou.
A preocupação com o alto grau de corrupção levou à criação da Secretaria de Governo de Integridade Pública, "para fazer uma mudança radical na administração pública", destacou.
Paes informou ainda que no domingo vai anunciar uma série de medidas de combate à covid-19, além das já publicadas no Diário Oficial nesta manhã. Entre outras ações está a criação do Comitê de Especialistas da Covid-19, formado por pessoas de fora da prefeitura.