Um dia após o presidente Jair Bolsonaro defender a adoção do voto impresso, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, voltou a chamar a proposta de "retrocesso".
— As urnas eletrônicas são confiáveis. O problema delas é o custo — declarou Barroso nesta sexta-feira (6), durante o 8º Fórum Liberdade e Democracia, em Vitória (ES).
Sem citar a fala de Bolsonaro, o ministro repetiu que a época de fraudes em apurações de votos foi superada no Brasil e reforçou sua posição favorável à adoção do voto distrital misto. O presidente do TSE já havia defendido as urnas eletrônicas — embora pondere sobre seu valor elevado — e a mudança do sistema eleitoral durante live promovida pelo Broadcast Político em 23 de outubro.
Para reduzir o gasto público com o sistema eleitoral, o TSE trabalha em torno de um projeto para possibilitar "eleições digitais", de acordo com Barroso.
— De preferência, utilizando o dispositivo móvel de cada um. Estamos estudando.
Eleições americanas
Em meio à reta final da apuração de votos nos Estados Unidos, Barroso evitou comparar os sistemas eleitorais brasileiro e americano.
— Não tenho a pretensão de ter algo a ensinar. O que eu acho é que precisamos mudar para o sistema distrital misto com urgência — afirmou, no evento.