Afastado há quase três semanas das agendas oficiais, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, deve reaparecer nesta quarta-feira (11) durante lançamento do Novembro Azul — campanha voltada à saúde do homem —, em Brasília.
A última agenda pública de Pazuello foi em 20 de outubro, quando participou de reunião online do Fórum de Governadores e anunciou a assinatura de um protocolo de intenção para a compra da futura vacina CoronaVac, que será produzida pelo Instituto Butantan. Horas depois, o ministro foi desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro, que afirmou que não iria comprar o imunizante chinês.
Ainda no dia 21 de outubro, o Ministério da Saúde confirmou que Pazuello tinha testado positivo para covid-19.
Em meio a fortes boatos de que poderia acabar sendo demitido, o ministro foi visitado por Bolsonaro, que fez uma transmissão ao vivo. Durante a conversa, Pazuello afirmou que estava tudo bem:
— É simples assim. Um manda e outro obedece. Mas a gente tem carinho — disse.
O ministro ficou em confinamento no Hotel de Trânsito de Oficiais, em Brasília, onde mora, até 30 de outubro, quando foi internado em um hospital particular com desidratação. Dois dias depois recebeu alta e, apesar das informações oficiais afirmarem que ele estava bem, foi internado no mesmo dia no Hospital das Forças Armadas. Só voltou para casa, no dia 1 de novembro. Desde então vem despachando de casa.
A recente "agenda" do ministro
20 de outubro: reunião com governadores em que anuncia assinatura de protocolo de intenção da compra da CoronaVac.
21 de outubro: Boslonaro afirma que não irá comprar vacina chinesa. No mesmo dia, é confirmado que Pazuello está com covid-19.
22 de outubro: Bolsonaro visita Pazuello, colocando panos quentes nos boatos de que iria demitir o ministro.
30 de outubro: Pazuello é internado no DF Star, um hospital privado de Brasília.
1º de novembro: ministro recebe alta, mas se interna no Hospital das Forças Armadas.
3 de novembro: Pazuello recebe alta do Hospital das Forças Armadas, mas não volta a despachar presenciamento no Ministério da Saúde.