O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, decidiu trocar a chefia da diretoria de inteligência da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), órgão responsável pela elaboração de um relatório com nomes e, em alguns casos, fotografias e endereços de redes sociais de um grupo de 579 servidores identificados como integrantes do "movimento antifascismo".
Após determinação de Mendonça, a Corregedoria-Geral da pasta também decidiu instaurar uma sindicância para apurar as atividades da Seopi relacionadas à elaboração do material.
Entre os monitorados estariam servidores públicos federais e estaduais de segurança pública, professores universitários, dois ex-secretários nacionais de segurança pública e um ex-secretário nacional de Direitos Humanos classificados como "antifascistas". O relatório de inteligência, foi revelado pelo jornalista Rubens Valente, do UOL.
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou procedimento para investigar ação sigilosa do Ministério da Justiça . A chamada notícia de fato foi movida pelo procurador regional da República dos Direitos do Cidadão Enrico Rodrigues de Freitas. Lotado em Porto Alegre, o procurador pede informações para a Secretaria de Operações Integradas (Seopi), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que teria monitorado essas pessoas.
Conforme o MPF, o objeto do procedimento é permitir uma análise do fato, especialmente sobre a existência de elementos que indiquem uma atuação estatal de eventual cerceamento ou limitação da livre expressão do pensamento de cidadãos e profissionais, por meio de dossiê e/ou relatório sigiloso elaborado pelo governo federal.