O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) determinou, na terça-feira (25), o arquivamento, por prescrição, do pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para procedimento administrativo disciplinar contra o procurador Deltan Dallagnol e outros integrantes da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba.
O pedido da defesa de Lula questionava o PowerPoint apresentado em entrevista coletiva concedida pela força-tarefa em setembro de 2016.
No entanto, por seis a quatro, o CNMP acolheu parcialmente outra solicitação do petista. O órgão ainda determinou que o chefe da Lava-Jato em Curitiba e os procuradores Julio Carlos Motta Noronha e Roberto Pozzobon devem se abster de usar equipamentos, instalações e recursos para atividades políticas e político-partidárias.
Oito conselheiros entenderam haver justa causa para instauração de procedimento administrativo disciplinar contra os procuradores, mas, em razão de prescrição punitiva, votaram pelo arquivamento do caso.
Lula, no Twitter, criticou o arquivamento do pedido pelo conselho do Ministério Público.
"A decisão do CNMP, que sabe que Dallagnol é culpado, embora não tenha tido coragem de inocentá-lo, será uma página que ficará para a história como vergonha para o Ministério Público. O MP precisa compreender que toda responsabilidade que a legislação lhe deu em sua criação exige um comportamento exemplar, para merecer respeito da sociedade", escreveu.