Coordenador do Movimento Brasil Livre (MBL) e vereador de São Paulo, Fernando Holiday comentou nesta sexta-feira (10), em entrevista ao Timeline, da Rádio Gaúcha, a operação que prendeu dois empresários que, segundo o Ministério Público, têm "estreitas ligações" com o MBL. O político reafirmou que os presos não são integrantes do grupo e falou em "perseguição".
— Nós não estamos envolvidos em nenhuma irregularidade. Os dois presos não têm nenhuma função, nunca prestaram serviço e nem respondem pelo Movimento Brasil Livre (...) Nada, absolutamente nada, tem o menor nexo (na investigação). Não existe nenhuma base para essas acusações. Então, a perseguição acaba sendo uma suspeita — disse.
De acordo com o MP, os presos são Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso, conhecido como Luciano Ayan. Eles são investigados por lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.
Conforme Holiday, a ligação de Ayan com o MBL se restringia ao uso de materiais nas plataformas do movimento, "de forma bem esporádica". Já com Ferreira, a aproximação seria "mais recente", de acordo com o vereador, por meio de doações feitas pelo empresário. Holiday ainda afirmou:
— Não houve doações ocultas.
A ofensiva desta sexta, chamada Operação Juno Moneta, investiga suposta sonegação fiscal. Conforme o Ministério Público, é apurada sonegação de cerca de R$ 400 milhões em tributos federais.
Ainda conforme o MP, existe uma "confusão jurídica empresarial" entre o MBL e o MRL. A tese, contudo, é refutada por Fernando Holiday.
— Não existe empresa Movimento Brasil Livre. O MBL não é uma pessoa jurídica, é uma marca usada pelo Movimento Renovação Liberal. Não existem duas empresas — afirmou.