O governador Eduardo Leite avaliou, nesta sexta-feira (26), em entrevista à revista IstoÉ, que a prisão de Fabrício Queiroz, ocorrida há oito dias, é um fato gravíssimo com proximidade do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com Leite, a prisão do ex-assessor de Flávio Bolsonaro também mostra que as instituições brasileiras estão funcionando.
— Confio muito nas nossas instituições para que haja esclarecimentos desses fatos. Há inquéritos tramitando junto ao STF, há investigações que conduziram à prisão do Queiroz, e mostram que há instituições neste país, que há autonomia das instituições, e torço para que assim se mantenha. Sem dúvida nenhuma, é um fato gravíssimo que chega muito perto do presidente e precisa de esclarecimentos. Se não há condenação automática, e não deve haver, menos ainda há absolvição (automática). Há muito o que se esclarecer — disse Leite ao jornalista Germano Oliveira.
Provocado a falar sobre os pedidos de impeachment contra Bolsonaro, o governador do Rio Grande do Sul disse acreditar que não há motivos, até o momento, para tirar o presidente do cargo:
— Até aqui, o que observei, não vejo ainda a razão para que se encaminhe um processo de impeachment. E torcer para que isso aconteça seria um desfavor ao país. Mas acho que devem se cumprir todas as etapas estabelecidas nas investigações, nos inquéritos. O presidente precisa também estar à disposição pra esclarecer.
Provocado a avaliar se há possibilidade de crise institucional provocada por Bolsonaro, Leite afirmou que “os riscos estão rondando”.