O presidente Jair Bolsonaro disse que vai usar forças de segurança federais contra manifestantes que, no domingo (7), "extrapolem os limites da lei" em atos contra seu governo. Sem máscara, na inauguração de um hospital de campanha para vítimas do novo coronavírus na cidade de Águas Lindas de Goiás, a 57 quilômetros de Brasília, ele cobrou que a Polícia Militar (PM) faça "seu devido trabalho" e sugeriu o uso da Força Nacional em manifestações que se denominam antifascistas. Também pediu que seus apoiadores não saiam às ruas.
— O outro lado, que luta por democracia, que quer o governo funcionando, quer um Brasil melhor e preza por sua liberdade, que não compareçam às ruas nestes dias para que as forças de segurança, não só estaduais, bem como a nossa, federal, façam seu devido trabalho se porventura esses marginais extrapolem os limites da lei — disse Bolsonaro.
Bolsonaro afirmou que os manifestantes que se opõem a seu governo "geralmente são marginais, maconheiros, desocupados que não sabem o que é economia, o que é trabalhar para ganhar seu pão de cada dia".
— Querem quebrar o Brasil em nome de uma democracia que nunca souberam o que é e nunca zelaram por ela — afirmou.
Além disso, o presidente voltou a pedir aos seus apoiadores que têm se manifestado semanalmente em Brasília "que não compareçam às ruas nesses dias".
Voltando-se para o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que compareceu à cerimônia, Bolsonaro comentou que o serviço de inteligência do governo federal não prevê movimentos no Estado, mas acrescentou:
— Se vierem aqui, você vai tratar com a dureza da lei que eles merecem.