O ministro Alexandre de Moraes, relator no Supremo Tribunal Federal (STF) do inquérito dos atos antidemocráticos, determinou nesta sexta-feira (19) a prorrogação da prisão temporária de Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, por mais cinco dias.
Ela está entre os líderes do grupo de extrema direita 300 do Brasil, um dos responsáveis pelas manifestações de apoio ao presidente Jair Bolsonaro nas últimas semanas em Brasília e de ataques a integrantes do Congresso Nacional e do STF.
A decisão de Alexandres de Moraes, tomada a partir de um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), renova também os mandados de prisão temporária contra outros cinco integrantes grupo.
As prisões ocorreram ao longo da semana. Winter foi a primeira a ser localizada pela Polícia Federal. Foi detida na segunda-feira (15) e atualmente se encontra no presídio feminino da Colmeia, em uma cidade satélite de Brasília.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), há indícios de que o grupo 300 do Brasil vinha organizando e captando recursos financeiros para ações que se enquadram na Lei de Segurança Nacional, que define crimes contra a ordem política e social.
O objetivo das prisões era o de ouvir os acusados e reunir informações de como funciona o suposto esquema criminoso. Os investigadores consideram que essa coleta de informações ainda exige que os acusados permaneçam atrás das grades.