Convidado do programa Live GZH desta sexta-feira (24), Paulo César Tinga explicou a recusa ao convite para integrar o governo Jair Bolsonaro. O ex-jogador de Grêmio e Inter garantiu que sua decisão se deu apenas por não ter o interesse de ingressar na política e negou que tenha sido por uma posição contrária ao presidente.
— Não tem nada partidário, de concordar ou não concordar. Foi uma questão de decisão, da mesma forma que algumas vezes acontecem convites para trabalhar em alguns clubes e eu recuso. Foi o convite mais importante da minha vida, até pela minha formação. Não sou formado em quase nada, mas receber o convite sabendo que eles esperavam contar comigo pelo que sei do futebol foi importante, mas a política não é a minha área — explicou Tinga, que evitou aprofundar-se em relação ao seu posicionamento político:
— Não acho justo eu, publicamente, falar o que penso de política porque posso influenciar alguém que não entende a se guiar pelo que eu disser.
No final de março, Tinga esteve em Brasília e recebeu a oferta para ser o novo Secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério da Cidadania. O ex-jogador afirmou que viu coisas positivas no projeto apresentado.
— Vi que o governo tem um projeto para o esporte, que é algo que eu acredito. Fui educado no esporte. O esporte tem um fator de educação muito grande. Isso me agradou ter visto. Tomara que eles consigam fazer — afirmou.
Tinga ressaltou, ainda, que não tem objetivo de entrar para a política no futuro. O ex-atleta disse que prefere se manter nas ações sociais que têm feito buscando ajudar pessoas em situações de vulnerabilidade.
— Eu não me vejo na política. Os meus pensamentos são pequenos, onde eu posso participar. Minhas coisas são definidas muito nas relações pessoais. O engajamento social é um propósito de vida que eu tive durante toda a minha carreira. Tenho uma gratidão pelo Dunga, porque ele me mostrou a importância disso em 1999. Ali, eu vi que tinha que devolver tudo que tive na minha vida em desenvolvimento social. É um hábito que eu tenho e que me dedico — finalizou.