Com a crise do coronavírus, quase meio milhão de britânicos se inscreveram nos últimos nove dias para receber um benefício que cobre perda de renda no Reino Unido.
A procura pode crescer, já que apenas na última sexta-feira (20) foram fechados bares, restaurantes e casas noturnas no país, e o comércio não essencial, apenas na noite de segunda (23).
Só nesta terça (24), houve 105 novos registros. Com a procura, o site para pedido do benefício, chamado de crédito universal, ficou congestionado, e a fila de espera superou uma hora.
Em audiência no Parlamento, o Departamento de Trabalho e Previdência britânico afirmou não saber ainda se os 477 mil solicitantes do benefício, pago a desempregados e pessoas com baixa renda, eram autônomos afetados pela crise ou trabalhadores demitidos.
Ao decretar a quarentena, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou também um programa para evitar demissões: o governo se comprometeu a pagar até 80% do salário do trabalhador que tivesse sua jornada suspensa temporariamente, até um teto de 2.500 libras (cerca de R$ 15 mil).
O Reino Unido, porém, tem cerca de 5 milhões de trabalhadores autônomos, que não são beneficiados por essa nova medida.
Do total de solicitantes, 70 mil pediram para receber um adiantamento do primeiro benefício, o que indica necessidade mais urgente. Sem o adiantamento, o pagamento é feito em geral cinco semanas após o pedido.
O valor do crédito universal varia, de 250 libras mensais (R$ 1.500) para solteiros com menos de 25 anos a 500 libras para casais em que ambos têm mais de 25 anos.